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Autores daqui

O médico veterinário Flávio Campos Sartori também e dedica à poesia e à composição de músicas. Nascido no dia 17 da abril de 1968, começou a escrever suas obras por volta dos 18 anos de idade.

Escreve sobre natureza, o dia a dia nas cidades, a solidão do peão na estância, entre outros assuntos relacionados ao campeirismo. Sartori foi influenciado por seu tio Victor Hugo, para compor. No início da carreira de escritor, contou com o apoio dos poetas Otorino Côvolo e José Nelson Corrêa, letristas da primeira música que musicou, “Novo amanhecer”, classificada para o disco de vinil do 6º Festival da Música Crioula de Santiago, em 1986.

Sartori tem dois livros de poesias editados. Em 1988, “Horizonte escondido”, pela Editora Argraf e, em 1990, “Campeiro e urbano”, pela Editora Impuc.

No dia 1º de junho de 1950, nasce, no interior de São Borja, Israel Lopes. Hoje advogado, começou a ler por incentivo do pai, que lhe presenteava com “gibis”. Na escola, tinha Monteiro Lobato como autor de adoração, com as fábulas de onças e raposas através das quais, para ele, ficavam claras as mensagens de moral ao seu término. Também estavam entre suas leituras preferidas poemas sobre a pátria e o regionalismo rio-grandense. Sem preocupação poética, aos 16 anos, escreveu seus primeiro poemas.

O pesquisador
Aos 18 anos, despertou seu interesse por pesquisa, quando iniciou um trabalho de resgate histórico sobre o cantor Pedro Raymundo. Além da pesquisa em discos e livros, entrevistou Teixeirinha, Dimas Costa, Honeyde Bertussi e outros. Indicado pelo folclorista Paixão Côrtes, publicou essa pesquisa, que foi a primeira de muitas na Coleção “Esses Gaúchos”, biografias das 40 personalidades que projetaram o Rio Grande nacionalmente, lançadas em comemoração ao Sesquicentenário da Revolução Farroupilha, organizada pelo escritor e jornalista Airton Ortiz, pela Editora Tchê, em 1986.

A vida
É formado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria, desde 1986. Hoje atua na área jurídica em São Borja. É casado com Mara Genro Lopes, com quem tenho um filho, Vítor Lopes, 7 anos, que, ainda pequeno, já mostra interesse por literatura.

A obra
Colaborador no “Caderno de Cultura” do encarte da Folha de São Borja, publicou artigos, entre 1988 e 1991, no Caderno editado por Apparício Silva Rillo e o jornalista Renato Andres.

Ainda publicou, em 1999, os livros: “Major Maximiano Bogo, Um dos Baluartes do Tradicionalismo Gaúcho”, em co-autoria com o poeta e pesquisador são-borjense Ramão Aguilar, pela Desantis Editora, de São Luiz Gonzaga, e “Turma Caipira Cornélio Pires, Os Pioneiros da Moda de Viola em 1929”, pela gráfica “A Notícia” Ltda., do mesmo município, lançado na 40ª Semana Cornélio Pires, em Tietê, São Paulo.

Posteriormente, a palestra “Cornélio Pires, Um Pouco de sua Vida e de sua Obra”, ministrada por ele, foi incluída na reedição do livro “Conversas ao Pé do Fogo”, de Cornélio Pires, da Ottoni Editora, Itu, São Paulo, em 2002.  

Em 1998, foi um dos vencedores do Concurso Literário Internacional A Integração Cultural do Mercosul, promovido pela Universidade Federal de Pelotas, com o ensaio “A Importância dos Ritmos de Fronteiras na Integração Cultural do Mercosul”, publicado pela Editora Universitária, no qual levanta a discussão sobre a integração cultural existente antes da oficialização do Mercosul. Também publicou o livro “Israel Lopes & Amigos”, pela Editora Borck, de São Nicolau, Rio Grande o Sul.

Em 2007, foi publicado outro livro dele, “Teixeirinha, O Gaúcho Coração do Rio Grande”, pela EST Edições/Fundação Vitor Mateus Teixeira, que fez parte do Projeto Teixeirinha – Memória Nacional. A obra foi escrita após 18 anos de pesquisa de campo, entrevistando folcloristas, radialistas, familiares e colegas de trabalho do tradicionalista. O lançamento foi no dia 3 de março, em Passo Fundo, quando Teixerinha completaria 80 anos. Na oportunidade, foi citada a importância de seu trabalho de pesquisa e de resgate da obra do cantor, por Elizabeth Teixeira, filha de Texeirinha.

Em 2003, venceu o “Prêmio Lobo da Costa”, da Academia Sul-Brasileira de Letras e Casa Brasileira de Cultura, do município de Pelotas, com o estudo “Lobo da Costa, O Inspirado Poeta Rio-grandense”, publicado na Revista da Academia.

A poesia
Sua maior preocupação ao escrever suas poesias é com o social. Chegou a participar de mais de 30 antologias, entre 1994 a 2005, quando resolveu priorizar novamente a literatura em prosa, principalmente dedicando-se à pesquisa.

Através de suas poesias, participou, também, de Concursos Literários: 4º Prêmio Missões, de Igaçaba Produções Culturais, de Roque Gonzáles, em 2001, onde obteve o 1º Lugar Regional, com a poesia “Canto e Lamento de um Índio Guarany nos Quinhentos Anos de Ocupação”; 5º Prêmio Missões, em 2002, classificado em 2º Lugar Regional, com o poema “Passarinho Sem-Teto”; e 6º Prêmio Missões, em 2006, quando ganhou 1º Lugar Regional, com o poema “Um Tango Triste Martínfierresco”.

   

Zeneu Pinto

 

“Dói o coração da gente

Ao ver a cruz que ele carrega

Mas toda pessoa cega

Sempre é muito inteligente”

 

 Estes são versos de Zeneu Pinto, poeta de 78 anos, veja a sua biografia abaixo:

Zeneu é um homem cego por nascença. Devido a sua deficiência não cursou a escola, ele é analfabeto.

Nasceu em 05 de abril de 1932 na cidade de São Francisco de Assis.

Desde criança sempre tocou gaita, é amante da música gaúcha.

Foi criado no interior até os 16 anos, onde teve uma vida frustrada, não tinha condições de sair, não fazia muita coisa.

Depois se mudou para a vila Manoel Viana. Na cidade sentia mais liberdade, onde saía sozinho. Morava com um tio que trabalhava no Daer em construção de pontes, com o qual sempre viajou muito.

A cegueira nunca foi empecilho para Zeneu conhecer novos lugares.

Em 1952 mudou-se para Santo Angêlo e depois para Espumoso, e foi lá que adquiriu a sua primeira gaita, presenteada por amigos.

Em 1958 criou a sua primeira poesia “Gaita Amiga”. Passaram se 52 anos e Zeneu ainda guarda suas poesias na memória, como nós guardamos no papel e hoje no HD do nosso computador.

Em meados da década de 60 parou com a música e com as cantorias. Começou a trabalhar com bilhete de loteria.

Em 1962 veio morar em São Borja.

Zeneu é casado com Dona Eva, nascida em Itaqui e possui um filho (militar) e uma filha (comerciária), ambos moram fora do Estado.

Em toda sua trajetória participou de programas de rádio, era convidado pelas rádios da região para cantar e trovar. Visitava rádios como a Charrua (Uruguaiana), Fronteira do Sul (São Borja), Rádio Imenbuí (Santa Maria), inclusive a Rádio Gaúcha (Porto Alegre).

Em 1994 foi lançado seu livro “Tradição e Fé – Versos Crioulos”.

O livro foi uma ideia do Padre Paulo Aripe que gravou Zeneu declamando suas poesias. Essas foram transferidas para o papel pela secretária da paróquia e encaminhadas para a publicação.

Zeneu deixou sua profissão devido a problemas de saúde e pela idade avançada.

Hoje, reside em São Borja com a sua esposa dona Eva e é aposentado.

 

Rodrigo Bauer

Poeta e letrista, Rodrigo Bauer nasceu em São Borja, no dia 3 de maio de 1974. Aluno do Colégio SagradoCoração de Jesus, em sua terra natal, começou a escrever seus primeiros versos na escola e a publicá-losaos quinze anos de idade no jornal Folha de São Borja, do qual é colunista até hoje, a convite do poeta Apparicio Silva Rillo, seu grande mestre, amigo e incentivador Aos 16 anos começou a participar dos festivais nativistas. É sócio efetivo da Estância da Poesia Crioula do Rio Grande do Sul, sendo delegado como representante desta Entidade nos festivais nativistas. Publicou quatro livros, o primeiro “Caminhos de mim” foi editado em 1996 e teve o incentivo para a publicação de Apparicio Silva Rillo e José Hilário Retamozo, outro grande poeta, incentivador e amigo, o segundo “Magia das horas” em 1998, o terceiro “Alma Tapera”, em 1999 e o quarto “Recomeço” em 2005. É vencedor da Califórnia da Canção da Nativa de Uruguaiana, da Moenda de Santo Antônio da Patrulha, do Festival da Barranca de São Borja , da Sapecada de Lages SC ,do Grito do Nativismo de Jaguari, do Festival da música Crioula de Santiago, do Festival Um Canto a Martin Fierro de Santana do Livramento, da Ronda de São Pedro , entre outros. No ano de 1998, conquistou o Troféu Vitória oferecido pelo Governo do Estado nas categorias: Melhor letrista, Compositor mais premiado e Melhor Canção do Ano. Em 1999 gravou o CD “As músicas dos Festivais” juntamente com Chico Saratt pela Gravadora “Vozes” e no ano de 2002, foi lançado o seu segundo CD na coletânea “Autores Gaúchos” da Gravadora “USA Discos”. Em 2004, também pela “USA Discos”, lançou o CD “O Cavalo Crioulo” em parceria com Joca Martins, sendo que esse trabalho foi Disco de Ouro Regional, com mais de trinta mil cópias vendidas. Recentemente Rodrigo Bauer lançou o cd Pasto Nativo que suas composições nas vozes de grandes intérpretes gaúchos.

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  1. 17 de julho de 2010 11:51

    Este espaço do Site Garimpando Letras , “Autores daqui”, onde fica inseridos textos, entrevistas e imagens dos poetas e escritores da Terra é tão importante quanto os demais espaços deste Site, na valorização e até na recuperação da obra de determinados colegas de letras que estão esquecidos e que merecem nosso destaque. Como por exemplo o poeta e instrumentista Zeneu Pinto, o qual tenho orgulho de ter ajudado emprestando seu livro de Poesia as administradoras deste Site. Parabéns pelo tabalho árduo, porém gratificante.
    Com meus cuprimentos, subscrevo-me,
    Cordialmente
    Ramão Aguilar.

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